Publico aqui um texto recebido por uma aluna da disciplina de Tecnologias Educacionais... para reflexão!
Novos Cenários da Realidade
por Claudia
Cristina Wesendonck
"como nos bancos, temos
nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência, só que agora não
precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender".
O paper apresenta reflexões acerca dos novos cenários da realidade da sociedade atual,
cuja qual, está inserido. Mas o que realmente orienta e direciona essa modernização
significa uma mudança da sociedade industrial – ocorrida sub-repticiamente e
sem planejamento no início de uma modernização normal, autônoma, e com uma
ordem política e econômica inalterada e intacta – implica a radicalidade da
modernização, que vai invadir as premissas e os contornos da sociedade
industrial e abrir caminhos para outra modernidade. O impulso básico que põe e
mantém o mecanismo do capitalismo em movimento vem dos novos produtos de
consumo, dos novos métodos de produção e transporte, dos novos mercados, das
novas forças da organização industrial que o empreendimento capitalista gera. Shumpeter
definiu inovação: criação e difusão de novas maneiras de fazer as coisas,
mudanças tecnológica é uma força fundamental para formar padrões de
transformação da economia. A tecnologia não é independente ou autônoma, ela não
tem vida própria. A tecnologia não dá margem a uma escolha; a escolha é que
orienta a tecnologia. A mudança tecnológica é um processo social e institucionalmente
incorporado. Os modos de utilização das tecnologias até mesmo sua própria
criação são condicionados pelo respectivo contexto socioeconômico.
E
a sociedade perante essa modernidade, essas tecnologias, como procede, como se
comporta? Perde-se o ponto de referência, perde-se a linha a se seguir, nada mais é
constante, tudo oscila, tudo é variável, a roupa nova, a música de sucesso, o
amor pra toda a vida. Vive-se em uma era de mudanças, constantes, oscilantes,
tem-se medo de vírus (de computador), mas não se teme a AIDS. Tem-se medo de
ficar na escuridão (medo do apagão), mas jogamos lixo no chão.
Mas até que ponto,
realmente somos modernos? Até onde aceitamos essas mudanças, este circo que
monta-se, indiferente ao nosso aceite ou não. Vivemos em constate bombardeio de
informações, dados precisos e imprecisos, comemos pílulas, injetamos botox e
trocamos os órgãos como trocamos as roupas, tudo é permitido, tudo é legal, só
amor casual, desde a maconha até o assassinato passional.
Mas como, ser, parecer e sobreviver neste
meio, hostil, sim isso que vos digo, hostil, até alguns dias atrás era possível
beber água da fonte, agora nos ensinam que água vem das garrafas que compramos
no supermercado. E oque realmente nos ensinam, eu hoje, criança cristal, índigo,
geração X, Y, Z. O que eu sou, autodidata, aquele que ensina, aquele que
aprende, eu que digito vários caracteres por segundo, compreendo tudo em
questão de minutos, mas não me prendo ao amor dos meus pais, não conheço meus
vizinhos e tenho pavor em me relacionar com outras crianças, pois sou o centro
das atenções, sou filho único.
A sociedade mudou, mas esqueceu de preparar
os pais, avós para essa nova massa, e com esse pequeno detalhe, perde-se a
linha, a diretriz, pois não posso, não aprendi assim, o que eu faço com essa
nova geração, que antes de nascer já sabe mais do que tudo que aprendi na minha
vida. Como repassar respeito, ética, moral, se já a perdi para o computador.
Usar as tecnologias é um bem que nos
impulsiona a revolução deste século, ela nos ensina cada vez mais que usamos
uma parcela muito pequena do nosso potencial, ela nos facilita a vida, nos
ensina, nos faz aprender a viver e sobreviver nesta realidade. Nos proporciona
a redução do espaço e tempo, mas as vezes quando mal dosada, administrada,
perdemos bem mais do que ganhamos, perdemos as relações, o carinho, as amizades
e o amor. Aprendemos a fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo, mas essa
tecnologia não nos ensina a fazer uma coisa apenas: amar uns aos outros, como
amamos nós mesmos [...] pois isso não se aprende sem contato, sem respeito, sem
amor.
Bibliografia
BAUMAN,
Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien, autorizada da
edição inglesa publicada em 2000 por Polity Press, Oxford, Inglaterra. Jorge
Zahar Editor, 2001.
DICKEN,
Peter. Mudança Global: mapeando as
novas fronteiras da economia mundial. Porto Alegre: Bookman, 2010.