quinta-feira, 12 de julho de 2012

Novos Cenários da Realidade

Publico aqui um texto recebido por uma aluna da disciplina de Tecnologias Educacionais... para reflexão!


Novos Cenários da Realidade

por Claudia Cristina Wesendonck[1]

"como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência, só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender".
O paper apresenta reflexões acerca dos novos cenários da realidade da sociedade atual, cuja qual, está inserido. Mas o que realmente orienta e direciona essa modernização significa uma mudança da sociedade industrial – ocorrida sub-repticiamente e sem planejamento no início de uma modernização normal, autônoma, e com uma ordem política e econômica inalterada e intacta – implica a radicalidade da modernização, que vai invadir as premissas e os contornos da sociedade industrial e abrir caminhos para outra modernidade. O impulso básico que põe e mantém o mecanismo do capitalismo em movimento vem dos novos produtos de consumo, dos novos métodos de produção e transporte, dos novos mercados, das novas forças da organização industrial que o empreendimento capitalista gera. Shumpeter definiu inovação: criação e difusão de novas maneiras de fazer as coisas, mudanças tecnológica é uma força fundamental para formar padrões de transformação da economia. A tecnologia não é independente ou autônoma, ela não tem vida própria. A tecnologia não dá margem a uma escolha; a escolha é que orienta a tecnologia. A mudança tecnológica é um processo social e institucionalmente incorporado. Os modos de utilização das tecnologias até mesmo sua própria criação são condicionados pelo respectivo contexto socioeconômico.
            E a sociedade perante essa modernidade, essas tecnologias, como procede, como se comporta? Perde-se o ponto de referência, perde-se a linha a se seguir, nada mais é constante, tudo oscila, tudo é variável, a roupa nova, a música de sucesso, o amor pra toda a vida. Vive-se em uma era de mudanças, constantes, oscilantes, tem-se medo de vírus (de computador), mas não se teme a AIDS. Tem-se medo de ficar na escuridão (medo do apagão), mas jogamos lixo no chão.
            Mas até que ponto, realmente somos modernos? Até onde aceitamos essas mudanças, este circo que monta-se, indiferente ao nosso aceite ou não. Vivemos em constate bombardeio de informações, dados precisos e imprecisos, comemos pílulas, injetamos botox e trocamos os órgãos como trocamos as roupas, tudo é permitido, tudo é legal, só amor casual, desde a maconha até o assassinato passional.
Mas como, ser, parecer e sobreviver neste meio, hostil, sim isso que vos digo, hostil, até alguns dias atrás era possível beber água da fonte, agora nos ensinam que água vem das garrafas que compramos no supermercado. E oque realmente nos ensinam, eu hoje, criança cristal, índigo, geração X, Y, Z. O que eu sou, autodidata, aquele que ensina, aquele que aprende, eu que digito vários caracteres por segundo, compreendo tudo em questão de minutos, mas não me prendo ao amor dos meus pais, não conheço meus vizinhos e tenho pavor em me relacionar com outras crianças, pois sou o centro das atenções, sou filho único.
A sociedade mudou, mas esqueceu de preparar os pais, avós para essa nova massa, e com esse pequeno detalhe, perde-se a linha, a diretriz, pois não posso, não aprendi assim, o que eu faço com essa nova geração, que antes de nascer já sabe mais do que tudo que aprendi na minha vida. Como repassar respeito, ética, moral, se já a perdi para o computador.
Usar as tecnologias é um bem que nos impulsiona a revolução deste século, ela nos ensina cada vez mais que usamos uma parcela muito pequena do nosso potencial, ela nos facilita a vida, nos ensina, nos faz aprender a viver e sobreviver nesta realidade. Nos proporciona a redução do espaço e tempo, mas as vezes quando mal dosada, administrada, perdemos bem mais do que ganhamos, perdemos as relações, o carinho, as amizades e o amor. Aprendemos a fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo, mas essa tecnologia não nos ensina a fazer uma coisa apenas: amar uns aos outros, como amamos nós mesmos [...] pois isso não se aprende sem contato, sem respeito, sem amor.


Bibliografia

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien, autorizada da edição inglesa publicada em 2000 por Polity Press, Oxford, Inglaterra. Jorge Zahar Editor, 2001.

DICKEN, Peter. Mudança Global: mapeando as novas fronteiras da economia mundial. Porto Alegre: Bookman, 2010.



[1] Aluna da Pós em Formação de Professores – Turma 3 – SEG – Santa Rosa/RS. E-mail: clauw84@hotmail.com

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